Helmut Kohl (1930-2017) foi chanceler da Alemanha de 1982 a 1998. Dele, sei quase nada, apenas isso. E uma análise sobre as chamadas belezas naturais. O chanceler, levado a comparar o que havia de extraordinário para se visitar no seu país que superasse qualquer outra referência turística estrangeira, afirmou que as coisas belas estão espalhadas pela Terra. Em qualquer rincão do planeta - ocidental e oriental, setentrional e meridional, no centro e nos polos -, há de se encontrar algo encantador. A distinção estava na relação de cada povo com suas "maravilhas".
Levei a sério Helmut Kohl. Tão a sério que não ando por ai me gabando de orgulho pelas praias, cachoeiras, rios, serras, cânions e sertões. Tudo o que é belo pode se tornar horroroso com o tratamento dado por quem se diz orgulhoso com aquilo que "Deus deu". O que o piauiense tem feito a favor de suas belezas naturais? Parece que muito pouco. Tão pouco que quando se mete a turista em seu próprio Estado é capaz de transtornar a natureza. Suja e depreda. Nem mesmo consegue ouvir os sons "divinos". Não dá ouvidos às ondas do mar, às quedas d'águas, às correntes fluviais, ao farfalhar das árvores e aos cantos dos pássaros. É poluidor e barulhento. Um ridículo mal-educado.
Se o povo está assim - ou continua assim -, falta-lhe a lição de Helmut Kohl. Quem poderia transmitir e promover uma mudança nessa relação com a natureza? As redes sociais? Duvido. Por lá, só "orgulho" da praia e da cachoeira, para onde leva muito lixo e barulho. Os gestores dos pontos turísticos - municipais e estadual - estão preocupados com esse turismo seboso e em reeducar o turista nativo? Também duvido. Helmut Kohl que cuidasse da Alemanha.
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