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Redação

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06/05/2019 - 19h42

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06/05/2019 - 19h42

Marcha reúne 3 mil agricultores(as) em Teresina contra reforma da previdência

Marcha das Margaridas diz Não a Medida Provisória 871, Não a Reforma da Previdência e Não a todos os tipos de violência contra a Mulher.

 

Marcha das Margaridas no Piauí serviu de preparação para marcha nacional que vai acontecer em agosto, em Brasília

 Marcha das Margaridas no Piauí serviu de preparação para marcha nacional que vai acontecer em agosto, em Brasília

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores(as) Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI) em parceria com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e com apoio das Centrais, Movimentos Sociais e Sindicais do campo e da cidade, realizou nesta segunda-feira, 06/05, em Teresina, a Marcha das Margaridas Estadual e uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI) para debater a reforma da previdência.

O ato de hoje foi uma preparação para Marcha das Margaridas em nível nacional que acontecerá nos dias 13 e 14 de agosto em Brasília, "que vai reunir mais de 100 mil mulheres que irão demonstrar mais uma vez organização, resistência e reexistência às tentativas de retrocessos sociais e em defesa do direito a terra, território, água e agroecologia; pelo fim da violência contra as mulheres e do racismo; pela democracia e os direitos humanos e pelo respeito ao meio ambiente".

A Secretária de Mulheres da FETAG-PI, Marlene Veloso, considerou o evento positivo. “Essa Marcha superou nossas expectativas, trouxemos mais de três mil pessoas para as ruas de Teresina, nosso povo articulado e sabendo o que nós estamos fazendo, dizendo não aos retrocessos. Foi bastante positiva nossa marcha, isso é o resultado de um trabalho que já vinha sendo realizado nas bases para construção da nossa marcha nacional que acontecerá em agosto em Brasília”, destacou. 

Para Secretária Nacional de Mulheres da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores(as) na Agricultura), Mazé Morais, este foi "um momento marcante para o Piauí, pois as mulheres estão nas ruas denunciando o desmonte do Estado brasileiro e a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal que impacta diretamente na vida da classe trabalhadora rural, sobretudo na vida das mulheres trabalhadoras rurais. Não vamos nos calar, vamos continuar denunciando. É um momento importante para chamar a atenção dos parlamentares federais, dizendo que eles têm que votarem contra esta reforma”, comentou.   

As milhares de agricultoras e agricultores se concentraram inicialmente em frente à Praça da Liberdade, no centro da capital piauiense. Após algumas falas, gritos de ordem e músicas sobre as margaridas, os/as manifestantes seguiram em caminhada pela Frei Serafim e Avenida Marechal de Castelo Branco rumo a Assembleia Legislativa do Piauí.

“Para mim é um sentimento de alegria ver as mulheres do campo na rua, em uma pauta que não são só das mulheres rurais, mas é de todos nós os homens, os brasileiros, porque ela trabalha contra a violência, pela qualidade de vida, portanto, estamos aqui para ouvir com todo respeito os pedidos de nossas margaridas”, ressaltou o Governador Wellington Dias, que esteve pela manhã na concentração da marcha. 

A marcha trouxe como Tema: “Margaridas dizem não a Medida Provisória 871, Não a Reforma da Previdência e Não a todos os tipos de violência contra a Mulher. A audiência pública que foi requerida pelos deputados estaduais, Franzé Silva e Francisco Limma, aconteceu ás 10h no Cine Teatro.

O deputado Franzé ressaltou que “a  ideia do evento é fazer com que os deputados federais votem contra a Reforma da Previdência. Nós só iremos barrar o que está proposto no Congresso Nacional se viermos para ruas. Embora a ALEPI não tenha participação na votação, mas pode influenciar nossos parlamentares federais. O objetivo da audiência pública é exatamente este, fazer com que o povo que hoje está sofrendo com toda situação de desemprego e retiradas de direitos possa neste momento da discussão da Previdência se manifestar”. 

“A Marcha das Margaridas é um evento que une não só as mulheres, mas as categorias em luta para que a gente enfrenta este momento de retrocessos e retiradas. Temos a chance de derrotar a Reforma da Previdência e trazer para pauta uma questão importante que é respeitar o direito e igualdade das mulheres que não podem ser tratadas diferentes de nós homens, ou seja, a luta pela igualdade, direitos, soberania nacional e democracia", finalizou o presidente da Contag, Aristides Santos.

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