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Quarta-feira, 03 de julho de 2024
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21/06/2024 - 08h53

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Estamos Vivendo a Apologia da Vaidade

 

 A vaidade corrompe a humildade. É aí que perdemos, de vez, a consciência

  A vaidade corrompe a humildade. É aí que perdemos, de vez, a consciência

Racionalidade é pouco exigido na vida. Na rua, nem se fala. Em casa, é que as coisas ficam mais difíceis. Está muito complicado ser racional. O homem deveria “ser dotado de razão e consciência”, mas prefere violar a própria razão e cegar a própria consciência. Há interesses outros pelos quais somos movidos. 

Com o advento da internet e das mídias sociais, razão e consciência deram lugar ao narcisismo. Nunca essa palavra foi tão apropriada ao ser humano quanto está sendo agora. 

É o resumo da vaidade humana tão bem representada na mitologia grega pelo jovem Narciso que, ao ver sua imagem refletida nas águas de um lago, ficou perdidamente apaixonado por ela. 

Ao abrir nossa página na internet, o que vemos nas postagens? Pessoas usando a própria imagem para representar, digamos, a sua própria beleza e por que não a sua própria individualidade. São incontáveis as mudanças de perfis. 

Estamos vivendo a apologia da vaidade. É isso que distancia as pessoas. Cada vez mais, somos coletivos individuais. Vemos apenas a nós mesmos no meio da multidão. Ora, quando isso acontece, começamos a perder totalmente a racionalidade, a razoabilidade. Não significamos nada sozinhos. O que a minha imagem reflete perde valor sem a imagem das outras pessoas. Se nos tornamos ilhas humanas é por que perdemos a nossa capacidade de interagir com os outros. Por que gostamos tanto de aparecer? De querer ser o centro de tudo? A vaidade corrompe a humildade. É aí que perdemos, de vez, a consciência. 

Artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.  são dotados de razão e consciência e devem agir, em relação uns aos outros, com espírito de fraternidade”. Mas isso foi em 1948. Ficou muito distante. O mundo, hoje, é outro completamente diferente.

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Lourival Lopes Silva, professor do IFPI - nas redes sociais. 

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