O Museu do Mar, localizado no histórico Complexo Porto das Barcas, em Parnaíba, foi construído para a valorização cultural, histórica e ambiental do único Delta em mar aberto das Américas, o Delta do Parnaíba. Para além das exposições que retratam os saberes, as culturas, as memórias, a fauna, a flora e o povo da região, o museu se apresenta como um importante equipamento para difusão de arte.

O maior museu do Piauí conta com aulas de teatro, de dança e tem ainda duas galerias de artes visuais e um cineteatro. Além de importante ponto turístico e espaço para exposições, no local, são realizados festivais, seminários, encontros e apresentações ao longo do ano. A grande maioria das programações, seja de formação ou de entretenimento, é totalmente gratuita, garantindo que o museu cumpra o seu papel como um espaço democrático de diálogo com as comunidades.

As comunidades, inclusive, têm passe livre para a realização de programações, é o que garante Ryck Costa, diretor do Museu do Mar. “O museu tem esse caráter pedagógico e comunitário, então, não é um espaço que somente o Governo do Estado oferece a programação. Um dos nossos objetivos é fazer com que a comunidade entenda esse espaço como seu e se aproprie dele e realize suas programações”, disse o diretor.

Atualmente, o Museu do Mar conta com programações fixas: curso de teatro, balé e dança para a terceira idade. Há, ainda, duas galerias de artes visuais com programações diferentes a cada três meses, geralmente relacionando artistas clássicos e contemporâneos. “Temos, também, cinema, teatro, palestras, museologia, fora os encontros organizados pela própria comunidade, como clubes de literatura e encontros de mulheres empreendedoras”, disse Ryck Costa.

É possível acompanhar toda a programação do Museu do Mar e como participar por meio do Instagram @museudomarphb e do site https://www.museudomarphb.com.br/. “Temos programações para todos os gostos e idades. O Museu do Mar tem se tornado um espaço coringa, sendo um lindo ponto turístico, um espaço de encontro, de formação, de gastronomia e muito mais”, finalizou o diretor Ryck Costa.

Aulas de teatro

A atriz piauiense Carmem Carvalho dá nome à sala de teatro do Museu do Mar. Um dos ícones da história do teatro piauiense, ela conta que a sala que carrega o seu nome serve de residência artística para ensaios, sedia espetáculos e realiza cursos de formação constantemente, incluindo cursos de férias, com um público rotativo. Atualmente, cerca de 50 alunos, dentre crianças, adolescentes e adultos, têm aulas de teatro.

Carmem Carvalho destacou os objetivos com o ensino da arte no Museu do Mar. “Queremos democratizar esse acesso à arte, criando referências, descobrindo talentos e despertando nas pessoas o interesse pela arte. Estamos plantando essa semente para que tenhamos mais artistas e espetáculos na nossa cidade”, afirmou a atriz.

Oficinas de arte

O Museu do Mar recebe, ainda, oficinas de arte gratuitas. O professor Martins Filho realizou uma oficina gratuita de um dia, no último final de semana, para falar e ensinar sobre dança-desenho, uma expressão artística que, como o nome já sugere, alinha dança e desenho.

O artista e professor destacou a abertura que o Museu do Mar dá para a realização de atividades como essa. “É um espaço lindo, amplo e moderno, que precisa ser mais conhecido e frequentado. Não apenas como um ponto turístico, mas, também, como um difusor de arte e cultura. Aqui, sempre temos atividades gratuitas de qualidade. Então, convido para que venham para cá, seja como professor ou aluno, pois é muito importante que as pessoas se alimentem de arte”, afirmou o Martins Filho.

A oficina contou com a participação de 10 pessoas. Dentre elas, estava a também artista e professora de dança, Beatriz Silva, que destacou a honra de participar de momentos como esse. “Sempre que o Museu do Mar disponibiliza oficinas de dança, estou presente, tanto para aprimorar o que eu já sei como para ter novas experiências. Quando soube da oficina, vi a junção de duas artes, fiquei curiosa e quis conhecer”, disse.

A aluna também destacou a importância do ensino da arte e de transmitir esses ensinamentos às pessoas. “Através da arte podemos aprender muitas coisas, seja a partir da música, das artes visuais, da dança, etc. É muito importante facilitar o acesso das pessoas à cultura e arte e levar essas atividades às comunidades. O impacto social é enorme e a gente observa o Museu do Mar contribuindo com isso, promovendo e dando abertura para artistas locais, oficinas e apresentações”, finalizou Beatriz Silva.