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Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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27/07/2012 - 08h41

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27/07/2012 - 08h41

Professores da Ufpi rejeitam proposta do governo e greve continua

A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta quinta-feira (26).

 Redação

Foto: Rogério Holanda

 Foto: Rogério Holanda

Os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) rejeitaram a nova proposta do governo apresentada na última terça-feira (24) e mantiveram o movimento grevista. Os campi de Bom Jesus, Parnaíba, Picos, Floriano e Teresina aprovaram por unanimidade a continuidade do movimento. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta quinta-feira (26).

No entendimento dos professores, não houve avanço nas negociações com o governo federal, uma vez que a reestruturação da carreira e as melhorias nas condições de trabalho não foram atendidas. A categoria defendeu a pauta de reivindicações proposta pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).

Durante a assembleia, o comando de greve local da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI) apresentou a avaliação da proposta do governo, destacando a similaridade com a proposta anteriormente rejeitada na assembleia do dia 16.

Com informações da assessoria de imprensa e Agência Brasil

Segundo o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo, o governo apenas reapresentou a mesma proposta com ínfimas modificações. “O único ponto diferente, de fato, da proposta anterior, é a criação de um grupo de trabalho que tem grandes e perigosas atribuições, como, por exemplo, estabelecer diretrizes para a avaliação de desempenho para fins de progressão, criação de critérios para promoções às classes da carreira de professor federal e promoção de professor titular a serem estabelecidos em regulamento, entre outros”, afirmou o presidente.

Para o professor do Centro de Ciências Agrárias (CCA), José Luciano, o governo apenas apresenta propostas com perspectivas futuras. “A proposta apresentada na última terça-feira pelo Ministério do Planejamento não atende os requisitos básicos da categoria. A carreira docente precisa de recuperação imediata, uma reestruturação da carreira que atenda todos os níveis de docência”, destacou José Luciano.

Um ato público das categorias dos servidores federais em greve será realizado no próximo dia 31 de julho, na Praça Rio Branco, ás 8h. O professor Geraldo Carvalho, foi escolhido como delegado para se integrar ao Comando Nacional de Greve em Brasília.

A próxima assembleia geral foi marcada para o dia 6 de agosto, após a próxima reunião com o governo que acontecerá no dia 1º de agosto.

Proposta do governo

O governo federal ofereceu nova proposta de reestruturação de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais na última terça-feira (24). Depois de mais uma rodada de negociação, foram oferecidos reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada.

Na oferta da semana anterior, o aumento variava entre 12% e 45%, já somados os 4% aprovados em maio, pela Medida Provisória 568, que teve efeito retroativo a março. A proposta não agradou os representantes da categoria, que alegaram que o governo não contemplou a reestruturação da carreira para todos os níveis de docentes.

A nova proposta do governo foi aumentada em 7,7%. Com isso, a reestruturação de carreira, apresentada aos professores universitários, teria impacto de R$ 4,2 bilhões no Orçamento Federal. O montante é R$ 300 milhões a mais que a oferta anterior, de R$ 3,9 bilhões. Os aumentos, que seriam escalonados durante os próximos três anos, começariam a vigorar a partir de março de 2013. Na proposta anterior, feita no último dia 13, o aumento iria vigorar a partir de julho do próximo ano.

Redação

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