Joseph Blatter, presidente da Fifa, avaliou de forma positiva a organização da Copa das Confederações realizada no Brasil e vencida pela seleção da casa após bater a Espanha por 3 a 0 . Questionado qual nota daria para o evento, ele preferiu dizer que o país "passou de ano".
"Quando eu estava na faculdade, na conclusão do curso, para ser aprovado, era preciso ter ao menos uma média 8. Não sei dizer uma nota agora, mas o Brasil vai ser aprovado", disse Blatter em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, para fazer um balanço do evento que serviu como teste para a Copa do Mundo de 2014. "Posso dizer que a Copa das Confederações foi 80%", completou Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa. José Maria Marin, presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) e Aldo Rebelo, ministro do Esporte, também participaram da entrevista.
Blatter, no entanto, desviou das perguntas a respeito das manifestações populares em dias de jogos. No último domingo, no entorno do Maracanã, palco da final da Copa das Confederações, houve confronto e os policiais usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo, que chegou a ser inalado dentro do estádio.
"Não vou discutir problemas internos que o país está enfrentando. O que disse, e repito, é que o futebol serve para conectar as pessoas e nós conectamos as pessoas", disse Blatter.
De acordo com Blatter, que citou declaração dada por Marin, enquanto as manifestações são pacíficas "não se pode ir contra elas, mas, quando começam os atos violentos, passam a ser uma questão de segurança".
"Nunca dá para satisfazer a todos, e nós tentamos satisfazer, dizendo que o futebol não traz apenas entretenimento, mas emoção e esperança", completou o presidente da Fifa, que saudou a torcida e a seleção brasileira e elogiou o estádio do Maracanã, que, segundo ele, se confirmou como um "templo", após a reforma.
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