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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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04/02/2014 - 17h13

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04/02/2014 - 17h13

Barbosa expede mandado de prisão de João Paulo Cunha

A situação de João Paulo estava indefinida desde o dia 7 de janeiro.

 Folha de S. Paulo

Carro com adesivo de João Paulo em Osasco. (Apu Gomes/Folhapress)

 Carro com adesivo de João Paulo em Osasco. (Apu Gomes/Folhapress)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, expediu nesta terça-feira (4) o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado a 6 anos e 4 meses de prisão por peculato (desvio de dinheiro público) e corrupção no esquema do mensalão.

No julgamento do mensalão ele ainda foi condenado a outros 3 anos por lavagem de dinheiro, mas, como um recurso ainda tem que ser analisado, ele não começará a cumprir pena por este crime. Com a expedição do mandado, João Paulo deve agora se entregar às autoridades. Ele poderá se apresentar à sede da Polícia Federal ou diretamente no presídio da Papuda.

A situação de João Paulo estava indefinida desde o dia 7 de janeiro, quando o presidente do STF, Joaquim Barbosa, rejeitou dois recursos do deputado e determinou sua detenção, mas, saiu de férias sem assinar o mandado de prisão.

O deputado João Paulo Cunha em sua casa, em São Paulo. (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)


Durante o recesso os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia passaram pela presidência interina da corte e também não assinaram o mandado, que não teria sequer sido enviado a seus gabinetes.

Nos últimos dias, a situação de indefinição foi criticada pelo próprio João Paulo. Ele disse que Barbosa, ao determinar sua prisão sem assinar o mandado, estaria sendo cruel. Disse ainda que faltava "civilidade, humanidade e cortesia" ao ministro.

No início da tarde de ontem, João Paulo almoçou com cerca de 30 militantes que estão acampados no estacionamento do STF em protesto contra a condenação de petistas no esquema do mensalão. Durante a refeição, agradeceu o apoio e disse que, embora "alguns queiram", a única coisa que ele não vai fazer "é ficar calado".

A declaração de João Paulo acontece na semana seguinte à do presidente do STF, Joaquim Barbosa, de que os condenados deveriam ficar no "ostracismo". Ontem, o parlamentar também havia rebatido críticas do ministro em artigo publicado na Folha. 

No mês passado, na Europa, onde cumpria agenda de palestras e visitas oficiais, Barbosa criticou Cármen e Lewandowski por não terem assinado o mandado de prisão.

Folha de S. Paulo

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