Uma comitiva do governo do Estado se reuniu em São Paulo com empresários do setor de energias renováveis para discutir o quadro de investimentos que o Piauí vai receber para implantação de parques eólicos no estado. A comitiva era formada pelo governador Wilson Martins, pelo secretário de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, Edson Ferreira e pelo secretário de Planejamento, Cezar Fortes. Entre as questões abordadas na reunião a principal discussão girou em torno da cadeia logística para viabilizar os trabalhos das empresas. A reunião aconteceu na quarta-feira (26).
No encontro, estavam presentes executivos da Casa dos Ventos, Queiroz Galvão, Alston, Gamesa, Wabben e GE. Juntos, os empreendimentos no setor somam investimentos superiores a R$ 5.5 bilhões. As empresas que vão gerar energia são Casa dos Ventos, Queiroz Galvão e Chesf. Os municípios que se destacam pelo potencial técnico são Caldeirão Grande, Padre Marcos, Simões e Marcolândia. Do valor total de investimentos, 90% serão efetuados a curto prazo, entre 2014 e 2016. Com a implantação dos Parques Eólicos serão gerados 3 mil empregos diretos.
O secretário Edson Ferreira informou que num primeiro momento, as empresas vão produzir 1300 MW. Esse valor vai aumentar consideravelmente, tendo em vista que a Casa dos Ventos já estudou a viabilidade e vai ofertar 1700 MW em três leilões que vão ser realizados em 2014. Os projetos que serão leiloados neste ano também são localizados na região da Chapada do Araripe. Além desses, estudos em andamento apontam o potencial dos municípios de Lagoa do Barro e Queimada Nova para gerar até 1200 MW. Atualmente, o Piauí consome cerca de 700 MW e produz apenas 235 MW, através da hidroelétrica de Boa Esperança. Edson Ferreira acrescentou ainda que os investidores vão construir uma subestação, avaliada em R$ 150 milhões no município de Curral Novo. A subestação vai aproveitar a linha de transmissão que liga Colinas, em Tocantins a Milagres, no Ceará e vai proporcionar a coleta da energia gerada nos Parques Eólicos do Piauí.
Para transformar todos esses investimentos em geração de emprego e renda para a população piauiense, Edson Ferreira explicou que será realizada em março, uma chamada pública reunindo além das empresas que vão produzir energia, empresas que vão prestar serviços no decorrer do processo de instalação dos parques e empresários piauienses. “O governo do Piauí vai discutir formas de inserir neste contexto de desenvolvimento, empresários que trabalham com locação de carros, oficina de veículos, restaurantes, hospedagem, segurança, autônomos e mão de obra especializada que possam integrar a cadeia logística dos investimentos”. Na região da Chapada do Araripe, as empresas já arrendaram por um prazo de até 30 anos, cerca de 1500 pequenas áreas pertencentes a pequenos proprietários para instalação do Parque Eólico.
Além dos investimentos na região da Chapada do Araripe, o litoral piauiense também desponta como cenário para produção de energia eólica. A empresa que atua no litoral é a Ômega. Em março, a empresa vai inaugurar a implantação do Parque Eólico da Pedra do Sal, empreendimento avaliado em R$ 650 milhões que vai gerar 140 MW, sendo dividido em duas etapas que serão entregues em março e setembro, respectivamente
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