Espaço de encontro da sociedade teresinense, o Clube dos Diários ganhou sede própria – na Rua Álvaro Mendes – em março de 1927. Há 89 anos presente na história cultural piauiense, o clube faz parte do complexo que reúne o centenário Theatro 4 de Setembro e a Praça Pedro II. Os salões que já receberam festas, concursos de misses, tertúlias e bailes de carnaval voltam a abrir as portas para o público, nesta quinta-feira (21), a partir das 9h30, depois de ter a estrutura restaurada e modernizada.
Foto: Guilherme Müller |
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Histórico
No ano de 1925, o então governador Matias Olímpio de Melo doou o terreno para a construção da sede definitiva, declarando de utilidade pública a “Sociedade Anônima Clube dos Diários”, por meio da Lei 1.119, de 26 de junho do mesmo ano.
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O corpo de baile da Escola de Dança do Estado Lenir Argento é quem vai dar as boas-vindas ao público. Em seguida, serão apresentados trechos do espetáculo litero-musical “Geleia Geral”, dirigido por Vitorino Rodrigues. O Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Teresina e Gislene Danielle & Edivan Alves também participam da solenidade, que contará com a presença do governador do Estado, Wellington Dias, e do secretário estadual da Cultura, Fábio Novo.
Durante a noite, a partir das 19h, tem apresentação do espetáculo “Arrumadinho – Mostra de Futuros Autores”, no Teatro Torquato Neto. A peça é resultado da oficina ministrada pela dramaturga e escritora Ísis Baião.
A restauração, de caráter emergencial, foi autorizada em setembro de 2015 pelo Governo do Estado, após solicitação da Secretaria de Estado da Cultura. Na época, uma vistoria constatou que parte do teto da Galeria de Arte do Clube dos Diários estava comprometida e, por conta disso, o espaço havia sido interditado provisoriamente. As obras foram iniciadas em outubro de 2015. Com a reabertura, a população vai ganhar um novo Clube dos Diários, que há 20 anos não passava por uma restauração desse porte.
Detalhes que recontam a história da casa e que estão presentes do forro ao piso passaram pelas mãos do restaurador e escultor Mestre Dico. “Trata-se de um prédio centenário que exige um trabalho minucioso e artesanal de restauração. Está sendo feito todo o madeiramento e telhamento, tanto no Theatro como no Clube dos Diários, além do piso, que é todo feito de mosaico de madeira”, explica a arquiteta e coordenadora de Registro e Conservação da Secretaria da Cultura, Patrícia Mendes.
A Sala Torquato Neto, que passará a funcionar como teatro, mantendo sua capacidade para 130 lugares, ganhou carpete, forro acústico, novos camarins e banheiros, além da climatização. O Clube ganhou iluminação externa de led que, durante a noite, ajuda a realçar a beleza dos seus traços arquitetônicos. A iluminação interna também foi toda reposta, tanto na galeria como no Teatro Torquato Neto, que teve todas as suas poltronas restauradas.
Cerca de R$ 600 mil foi investido na reforma de todo o complexo, que consiste principalmente na restauração e impermeabilização do telhado. A obra se estende ao Theatro 4 de Setembro e ao espaço Osório Júnior, onde são realizados os shows do projeto “Boca da Noite”. A previsão é concluir toda a restauração do complexo até o início de março.
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