Nesta quarta feira, 02 de março, na Semana da Mulher que acontece no Complexo Cultural Theatro 4 de Setembro/Club dos Diários, o Theatro 4 de Setembro recepciona, às 19 horas, o espetáculo "Cartas de Minha Vida".
Apresentado por mulheres reeducandas do presídio feminino de Teresina, "Cartas de Minha Vida" expressa não só a realidade prisional traduzida nas 06 intérpretes, envolvidas na encenação, mas intertextualiza também com toda mulher que luta por liberdade, dentro de seu Eu.
O diálogo direto de memórias afetivas, aplicadas ao construtivismo estético à carpintaria da cena, é desenhado pelo diretor do espetáculo, Valdson Braga, que também assina a cenografia a espelho da obra pictórica de Frida durante o manifestado século 20.
E, no transversal da licença poética, a dramatização amplia homenagem a todas as mulheres, no reflexo de força e vida de Frida Kahlo. O espetáculo e uma Exposição de telas construídas, a partir da releitura da artista plástica mexicana, encampam esse sentimento de valor e pertencimento artístico e empoderamento da identidade feminina, presente em qualquer espaço e seio de riscos das falas da liberdade pessoal.
"Cartas de Minha Vida", tem uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Justiça do Piauí, contido no Projeto de teatro "Mulheres de Aço e Flores", desenvolvido pela Sejus e pela Gerência da Penitenciária Feminina de Teresina, que propõe humanizar e ressocializar, através do incentivo da produção artística entre pessoas privadas de liberdade. Para a apresentação no Theatro 4 de Setembro, os promotores do espetáculo e evento parcerizam a ação sócio educativa cultural com a Secretaria de Estado de Cultura do Piauí - Secult.
O Projeto de arte educação e ressocialização pelo dialogismo dramático, entre reeducandas e a comunidade, foi desenvolvido, a partir de um mergulho na arte do teatro e iniciação teatral mantidos com mulheres do presídio feminino da cidade.
Valdson Braga, ator, diretor de teatro e artista visual, formado pelo UFPI, é o professor de teatro que, atualmente, coordena as atividades do Projeto "Mulheres de Aço e Flores", e conseguiu ampliar o olhar das mulheres com quem afiou a práxis cênica e insere as reeducandas na arte de representar, ao tempo em repercute o papel do contributo social cidadão, em forma de mensagem de auto superação e amor voltados para si mesmas e retornados aos outros, na recepção dramática.
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