Facebook
  RSS
  Whatsapp
Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Notícias /

Saúde

17/10/2016 - 10h28

Compartilhe

17/10/2016 - 10h28

Baixa umidade relativa do ar: especialistas alertam para cuidados com a saúde

Embora sejam proibidas, diariamente são identificados diversos focos de queimadas.

 Acesse Piauí

Queimada em Teresina

 Queimada em Teresina


A umidade relativa do ar em Teresina atingiu a marca dos 14%, considerada baixíssima. Esse fator, aliado às queimadas nesse período na cidade, tem refletido negativamente na saúde dos teresinenses e deixado os órgãos de saúde em alerta. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) chama a atenção para os cuidados que devem ser tomados para reduzir os efeitos danosos à saúde nesse clima seco.


Embora sejam proibidas, diariamente são identificados diversos focos de queimadas em Teresina. O calor, tempo seco somado à fumaça e fuligens acaba afetando a todos, especialmente às crianças e idosos, que sofrem, principalmente, com problemas respiratórios. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Francisco Pádua, a mudança de atitude da população é fundamental para evitar as queimadas, e consequentemente, abrandar os problemas causados nesse período.


“A destinação correta do lixo é um dos fatores que deve ter atenção redobrada nesse período. É comum as pessoas ainda terem o péssimo hábito de queimar lixo. Isso é inconcebível, tendo em vista que contamos com a coleta domiciliar, e se converte em um grande risco para o meio ambiente e para a nossa saúde. Precismos mudar de atitude se quisermos ter qualidade de vida. Práticas como queimar lixo, limpar terreno ateando fogo, queimar restos de podas de árvores são corriqueiras e precisam ser evitadas. Além da coleta domiciliar, temos 34 pontos de recolhimento de resíduos sólidos em Teresina, portanto, não podemos continuar contribuindo com as queimadas na nossa cidade”, disse o presidente.


Para evitar ou minimizar a ocorrência de problemas de saúde em decorrência do tempo seco, a FMS indica alguns cuidados importantes, tendo em vista que o ar seco traz grandes consequências para a saúde, que vai desde ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, até o agravamento de doenças respiratórias, pois facilita a entrada de vírus e bactérias.


De acordo com a pneumologista Tatiana Santos Nunes, com a baixa umidade, as mucosas dos olhos, da boca e do nariz ficam ressecadas, favorecendo a atuação de agentes externos, como vírus e bactérias. As principais doenças que se manifestam nesse período são as infecções das vias aéreas, como rinites, sinusites, pneumonias e asma, principalmente em idosos, crianças e gestantes.


Segundo ela, existem várias ações que a população pode fazer para diminuir a possibilidade dessas doenças, como por exemplo, deixar as janelas abertas para ventilar a casa, passar pano úmido nos móveis e nos pisos, além de deixar uma bacia com água ou uma toalha úmida no quarto no período da noite, limpar a hélice do ventilador e tomar cuidado com a higiene do ar-condicionado.


“Ingerir bastante líquido é fundamental, pois nesse período seco precismos aumentar a hidratação, ter cuidado ao fazer exercícios físicos entre as 10h e 17h quando a temperatura está mais alta, usar um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir ou umidificadores; usar roupas leves que facilitem a transpiração, lavar as narinas com soro fisiológico e/ou fazer inalações com o mesmo produto, manter os ambientes arejados são dicas simples e que devem ser colocadas em prática para evitarmos danos à nossa saúde nesse período”, destaca Tatiana.


A especialista destaca também que algumas faixas etárias sofrem mais com o tempo seco. “Crianças e adultos com mais de 50 anos precisam ter ainda mais precaução. Nessas fases da vida, ou estão com a imunidade ainda não tão amadurecida ou em uma fase em que não são tão eficazes. Uma gripe pode complicar e é preciso ter cuidado”, recomenda.


A médica recomenda ainda que as pessoas que vivem próximo a essas áreas onde é comum a prática de queimadas tomem algumas medidas de proteção. “Fechar janelas e portas e umidificar o ambiente de casa é uma das alternativas para proteger a saúde. Todo cuidado é necessário para prevenir uma série de doenças causadas pela exposição das pessoas às nuvens de fumaças, que podem agredir o trato respiratório. Quem já possui complicações respiratórias pode ter agravamento dos sintomas, caso fique exposto à fumaça. Além disso, o calor excessivo por situações de queimada pode afetar a saúde dos olhos, a mucosa do nariz e causar queimaduras na pele, portanto, a atenção deve ser redobrada”, conclui.
 

Acesse Piauí

Comentários