DIREITOS HUMANOS SOB ATAQUE
O Observatório Mundial dos Direitos Humanos ou Human Rights Watch divulgou ontem o 29º Relatório Mundial sobre violação dos Direitos Humanos com informações detalhadas sobre 100 países distribuídas em mais de 650 páginas. Nesse meio, dois países aparecem em destaque, a China e o Brasil, ambos os casos, com graves ataques aos direitos humanos. Outro grande destaque denuncia a limpeza étnica contra mulçumanos em Myanmar.
No que concerne ao Brasil, o Relatório chama atenção para a questão da violência policial incentivada inclusive por projetos de leis do atual governo e por falas do Presidente Jair Bolsonaro, falas destacadas no texto do Relatório. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também é apontado por sua complicada política de segurança naquele estado.
Sobre a Amazônia e as questões ambientais, a Human Rights Watch destaca as redes criminosas que fomentam o corte ilegal de madeira, além dos grileiros e dos fazendeiros que derrubam e queimam a floresta para o plantio ou para a criação de gado, por um lado, enquanto confrontam e matam indígenas, ambientalistas e agentes públicos que defendem a floresta.
Vale destacar o posicionamento da ONG que responsabiliza o governo por grande parte da atual situação na Amazônia, visto que autorizou o desmatamento e as queimadas seja indiretamente por meio de uma narrativa que emana uma violência simbólica, seja por meio de ações legais como demissões de profissionais dos órgãos ambientais, seja por meio da redução da área de preservação e aumento da área para o agronegócio. O relatório destaca que em 2019, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou mais de 80% em relação ao ano anterior.
Outro destaque negativo para o Brasil é o número absurdo de agrotóxicos aprovados pelo atual governo. 382 no primeiro ano do governo de Bolsonaro, considerando, sobretudo, o potencial cancerígeno de muitos e o fato de que a maioria dos produtos liberados são proibidos nos Estados Unidos e na Europa.
Os ataques à imprensa já denunciados pela Federação Nacional dos Jornalistas- FENAJ também surgem no texto como uma grave ameaça aos direitos humanos, visto que atacam o direito à liberdade de imprensa e de expressão e afetam o direito à informação.
Por outro lado, a apologia ao regime ditatorial civil-militar e à tortura, é vista com muita preocupação pelos pesquisadores que elaboraram o relatório porque denuncia o prenúncio não só de um pensamento ditatorial, mas porque aponta para as ações em curso nesse sentido, como a censura a produtos culturais como filmes, como também no que concerne à extinção de Comissões, Comitês e órgãos de combate a tortura, ou destituição de seus membros, dentre inúmeras outras ações que tem atingido o Brasil de forma holística, objetivando o desmonte da nação como a conhecemos.
Para maiores informações acesse o Relatório aqui.
O RACISMO EM NOSSA SOCIEDADE HIPÓCRITA
Em uma sociedade hipócrita e cega e que nega os números da violência contra a população negra, sobretudo, contra a mulher negra, negando assim de uma só vez o machismo exacerbado e o racismo latente, devemos não apenas não ser racistas, mas devemos não aceitar e denunciar todo o tipo de manifestação nesse sentido.
O aluno de jornalismo da Universidade Federal do Piauí ( meu aluno) e criador da banda Caju Pinga Fogo, conhecido como Maguim do Pife, foi agredido por policiais durante o Festival Universo Paralelo em que foram convidados para tocar, na Bahia. A motivação e alegação para a violência foi sua aparência de suspeito, ou seja, parecia hipoteticamente com um suspeito que os policiais perseguiam, todavia, em comum somente o cabelo e a cor da pele. A abordagem da polícia foi violenta com três armas apontadas para a cabeça do Marcos que ainda hoje encontra-se impactado e ferido internamente com o acontecido.
Para além da violência policial, outra violência se manifestou através da organização do Festival que nada fez sobre o fato violento e ainda proibiu a banda de se manifestar durante o show, silenciando o racismo e a violência nossa de cada dia, nesse Brasil incoerente. Tão incoerente quanto o festival que nasceu há 20 anos da Chapada dos Veadeiros e que diz em sua página inicial no site do evento, que proporciona um “[...] mergulho em uma realidade paralela, onde o ritual de Paz, Amor e União e Respeito produz uma atmosfera que a todos envolve ...”, ou seja, HIPOCRISIA, HIPÓCRITAS DE PLANTÃO COMO A MAIORIA DE NÓS NESSE BRASIL TRISTE.
MACHISMO REFORÇADO PELAS FALAS DE PODER
No campo do machismo o Brasil produz violência diária e constante, com o crescente número de feminicídio, assim como, de estupros, violência doméstica, dentre uma relação sem fim de modos como os homens maltratam as mulheres nesse país.
Invariavelmente, ainda imputam à vítima de estupro ou de assassinato, a culpa pelo crime que sofrem.Nesse complexo cenário de violência, medo, submissão e ignorância de homens e mulheres, a Campanha NÃO É NÃO surge para esclarecer e conscientizar homens e mulheres sobre os limites entre uma cantada e um assédio moral ou sexual, principalmente, em eventos como o carnaval, mas o deputado estadual de Santa Catarina, Jessé Lopes, se auto nomeou representante supremo do machismo ao criticar a campanha e ao afirmar que as mulheres “gostam e tem o direito de ser assediadas” e ainda afirmar que o feminismo terminou por tirar esse direito das mulheres tornando-as imbecis.
Não dá pra saber se é somente ignorância, falta de educação ou maldade mesmo, o que move uma pessoa que alçada à uma condição de poder, emite opiniões esdrúxulas sobre comportamentos que podem causar violência e morte, autorizando através de sua falaque veicula uma violência simbólica, a materialização da violência física.
Sejamxstodxs feministas nesse país que não respeita a vida das mulheres, nem de qualquer um que se identifique com a condição feminina. Precisamos conscientizar nossa sociedade de que o mal não está no corpo da mulher, mas na cultura machista e no homem violento.
O Observatório Mundial dos Direitos Humanos ou Human Rights Watch divulgou ontem o 29º Relatório Mundial sobre violação dos Direitos Humanos com informações detalhadas sobre 100 países distribuídas em mais de 650 páginas. Nesse meio, dois países aparecem em destaque, a China e o Brasil, ambos os casos, com graves ataques aos direitos humanos. Outro grande destaque denuncia a limpeza étnica contra mulçumanos em Myanmar.
No que concerne ao Brasil, o Relatório chama atenção para a questão da violência policial incentivada inclusive por projetos de leis do atual governo e por falas do Presidente Jair Bolsonaro, falas destacadas no texto do Relatório. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também é apontado por sua complicada política de segurança naquele estado.
Sobre a Amazônia e as questões ambientais, a Human Rights Watch destaca as redes criminosas que fomentam o corte ilegal de madeira, além dos grileiros e dos fazendeiros que derrubam e queimam a floresta para o plantio ou para a criação de gado, por um lado, enquanto confrontam e matam indígenas, ambientalistas e agentes públicos que defendem a floresta.
Vale destacar o posicionamento da ONG que responsabiliza o governo por grande parte da atual situação na Amazônia, visto que autorizou o desmatamento e as queimadas seja indiretamente por meio de uma narrativa que emana uma violência simbólica, seja por meio de ações legais como demissões de profissionais dos órgãos ambientais, seja por meio da redução da área de preservação e aumento da área para o agronegócio. O relatório destaca que em 2019, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou mais de 80% em relação ao ano anterior.
Outro destaque negativo para o Brasil é o número absurdo de agrotóxicos aprovados pelo atual governo. 382 no primeiro ano do governo de Bolsonaro, considerando, sobretudo, o potencial cancerígeno de muitos e o fato de que a maioria dos produtos liberados são proibidos nos Estados Unidos e na Europa.
Os ataques à imprensa já denunciados pela Federação Nacional dos Jornalistas- FENAJ também surgem no texto como uma grave ameaça aos direitos humanos, visto que atacam o direito à liberdade de imprensa e de expressão e afetam o direito à informação.
Por outro lado, a apologia ao regime ditatorial civil-militar e à tortura, é vista com muita preocupação pelos pesquisadores que elaboraram o relatório porque denuncia o prenúncio não só de um pensamento ditatorial, mas porque aponta para as ações em curso nesse sentido, como a censura a produtos culturais como filmes, como também no que concerne à extinção de Comissões, Comitês e órgãos de combate a tortura, ou destituição de seus membros, dentre inúmeras outras ações que tem atingido o Brasil de forma holística, objetivando o desmonte da nação como a conhecemos.
Para maiores informações acesse o Relatório aqui.
O RACISMO EM NOSSA SOCIEDADE HIPÓCRITA
Em uma sociedade hipócrita e cega e que nega os números da violência contra a população negra, sobretudo, contra a mulher negra, negando assim de uma só vez o machismo exacerbado e o racismo latente, devemos não apenas não ser racistas, mas devemos não aceitar e denunciar todo o tipo de manifestação nesse sentido.
O aluno de jornalismo da Universidade Federal do Piauí ( meu aluno) e criador da banda Caju Pinga Fogo, conhecido como Maguim do Pife, foi agredido por policiais durante o Festival Universo Paralelo em que foram convidados para tocar, na Bahia. A motivação e alegação para a violência foi sua aparência de suspeito, ou seja, parecia hipoteticamente com um suspeito que os policiais perseguiam, todavia, em comum somente o cabelo e a cor da pele. A abordagem da polícia foi violenta com três armas apontadas para a cabeça do Marcos que ainda hoje encontra-se impactado e ferido internamente com o acontecido.
Para além da violência policial, outra violência se manifestou através da organização do Festival que nada fez sobre o fato violento e ainda proibiu a banda de se manifestar durante o show, silenciando o racismo e a violência nossa de cada dia, nesse Brasil incoerente. Tão incoerente quanto o festival que nasceu há 20 anos da Chapada dos Veadeiros e que diz em sua página inicial no site do evento, que proporciona um “[...] mergulho em uma realidade paralela, onde o ritual de Paz, Amor e União e Respeito produz uma atmosfera que a todos envolve ...”, ou seja, HIPOCRISIA, HIPÓCRITAS DE PLANTÃO COMO A MAIORIA DE NÓS NESSE BRASIL TRISTE.
MACHISMO REFORÇADO PELAS FALAS DE PODER
No campo do machismo o Brasil produz violência diária e constante, com o crescente número de feminicídio, assim como, de estupros, violência doméstica, dentre uma relação sem fim de modos como os homens maltratam as mulheres nesse país.
Invariavelmente, ainda imputam à vítima de estupro ou de assassinato, a culpa pelo crime que sofrem.Nesse complexo cenário de violência, medo, submissão e ignorância de homens e mulheres, a Campanha NÃO É NÃO surge para esclarecer e conscientizar homens e mulheres sobre os limites entre uma cantada e um assédio moral ou sexual, principalmente, em eventos como o carnaval, mas o deputado estadual de Santa Catarina, Jessé Lopes, se auto nomeou representante supremo do machismo ao criticar a campanha e ao afirmar que as mulheres “gostam e tem o direito de ser assediadas” e ainda afirmar que o feminismo terminou por tirar esse direito das mulheres tornando-as imbecis.
Não dá pra saber se é somente ignorância, falta de educação ou maldade mesmo, o que move uma pessoa que alçada à uma condição de poder, emite opiniões esdrúxulas sobre comportamentos que podem causar violência e morte, autorizando através de sua falaque veicula uma violência simbólica, a materialização da violência física.
Sejamxstodxs feministas nesse país que não respeita a vida das mulheres, nem de qualquer um que se identifique com a condição feminina. Precisamos conscientizar nossa sociedade de que o mal não está no corpo da mulher, mas na cultura machista e no homem violento.
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