

Nesse domingo fui ao cinema com Letícia, assistimos à película “A Mulher Rei”. trata-se de filme portentoso, grandiloquente, probo em todos os ingredientes que se espera de uma realização da indústria cinematográfica.
Um épico de guerra, de batalhas entre guerreiros e guerreiras, em que valores de tradição, de poder, de riquezas, de colonialismos, de ganhos territoriais são a motivação bélica entre reinos. Alimentados também pela força dos conflitos de afetos pessoais e mais íntimos.
A grande marca do filme, porém, está na história representada e no protagonismo negro feminino. A diretora Gina Prince-Bythewood realizou um espetáculo narrativo e plástico único, que eleva o orgulho étnico. A pesquisa sobre o período, retratando acontecimentos históricos que ocorreram entre os séculos XVII e XIX, a história das Agojie, um exército de mulheres guerreiras que protegiam o reino africano de Daomé e seu papel na escravidão, foi bem realizada; os recortes históricos, as escolhas de abordagem são notados no roteiro, e mesmo não se tratando de documentário, o recurso ficcional mantém o tônus verossímil necessário para a credibilidade narrativa.
E como se trata de cinema, não podemos deixar de falar na presença poderosa da atriz Viola Davis, em estupenda interpretação. Encarnando a protagonista guerreira Nanisca, é algo que por si garante nossa adesão, move nosso olhar como um imã. É gênero e raça em pura volúpia estética.
Viola Davis, ao lado da não menos talentosa Thuso Mbedu, vivendo a pequena e brava guerreira Nawi, que divide a trama, e um elenco de corpos negros, abrilhantando o legado da cultura africana, faz de “A Mulher Rei” um evento cinematográfico oportuno e necessário ao revigoramento da revisão dos arquétipos humanos no mundo.
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Feliciano Bezerra é professor doutor da UESPI - nas redes sociais.
Um épico de guerra, de batalhas entre guerreiros e guerreiras, em que valores de tradição, de poder, de riquezas, de colonialismos, de ganhos territoriais são a motivação bélica entre reinos. Alimentados também pela força dos conflitos de afetos pessoais e mais íntimos.
A grande marca do filme, porém, está na história representada e no protagonismo negro feminino. A diretora Gina Prince-Bythewood realizou um espetáculo narrativo e plástico único, que eleva o orgulho étnico. A pesquisa sobre o período, retratando acontecimentos históricos que ocorreram entre os séculos XVII e XIX, a história das Agojie, um exército de mulheres guerreiras que protegiam o reino africano de Daomé e seu papel na escravidão, foi bem realizada; os recortes históricos, as escolhas de abordagem são notados no roteiro, e mesmo não se tratando de documentário, o recurso ficcional mantém o tônus verossímil necessário para a credibilidade narrativa.
E como se trata de cinema, não podemos deixar de falar na presença poderosa da atriz Viola Davis, em estupenda interpretação. Encarnando a protagonista guerreira Nanisca, é algo que por si garante nossa adesão, move nosso olhar como um imã. É gênero e raça em pura volúpia estética.
Viola Davis, ao lado da não menos talentosa Thuso Mbedu, vivendo a pequena e brava guerreira Nawi, que divide a trama, e um elenco de corpos negros, abrilhantando o legado da cultura africana, faz de “A Mulher Rei” um evento cinematográfico oportuno e necessário ao revigoramento da revisão dos arquétipos humanos no mundo.
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Feliciano Bezerra é professor doutor da UESPI - nas redes sociais.
Divulgação
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