O presidente atravessou nessa segunda-feira, 22 de agosto, os 40 minutos de entrevista no Jornal Nacional da Globo, desviando dos socos de Bonner e Renata com as esquivas de praxe: mentiras, meias verdades e manipulações.
Convidado a assumir o compromisso de aceitar o resultado das urnas, disse que respeitará, se as eleições forem "limpas". Quer dizer: não tolerará senão a própria vitória.
Negou as ofensas a ministros do Supremo, mesmo tendo chamado um de "canalha" e outro de "filho da puta". Fabulou sobre meio ambiente, terceirizou culpas na economia, classificou o golpismo dos seus devotos como "liberdade de expressão", torturou as vacinas e defendeu a cloroquina.
Instado a rever as declarações estapafúrdias sobre a pandemia, Bolsonaro preferiu continuar ignorando as mais de 680 mil autopsias a fazer uma autocrítica. Fustigado por Renata com a imitação de um paciente de Covid sem fôlego, capitão esteva na bica de perder a calma. Conteve o ímpeto.
Bolsonaro mentiu e desconversou com respeito e sobriedade. Ou seja: soou na bancada do Jornal Nacional como se estivesse completamente fora de si. E ainda alardeia que foi à entrevista sem treinamento! Não disse nada capaz de seduzir multidões de eleitores pobres ou de ex-bolsonaristas indecisos. Tampouco roubou votos de Lula, poupado durante toda a entrevista. Não perdeu votos com a entrevista. Algo que, para um presidente precário, é um grande feito.
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Josias de Sousa, jornalista - no Uol.
Convidado a assumir o compromisso de aceitar o resultado das urnas, disse que respeitará, se as eleições forem "limpas". Quer dizer: não tolerará senão a própria vitória.
Negou as ofensas a ministros do Supremo, mesmo tendo chamado um de "canalha" e outro de "filho da puta". Fabulou sobre meio ambiente, terceirizou culpas na economia, classificou o golpismo dos seus devotos como "liberdade de expressão", torturou as vacinas e defendeu a cloroquina.
Instado a rever as declarações estapafúrdias sobre a pandemia, Bolsonaro preferiu continuar ignorando as mais de 680 mil autopsias a fazer uma autocrítica. Fustigado por Renata com a imitação de um paciente de Covid sem fôlego, capitão esteva na bica de perder a calma. Conteve o ímpeto.
Bolsonaro mentiu e desconversou com respeito e sobriedade. Ou seja: soou na bancada do Jornal Nacional como se estivesse completamente fora de si. E ainda alardeia que foi à entrevista sem treinamento! Não disse nada capaz de seduzir multidões de eleitores pobres ou de ex-bolsonaristas indecisos. Tampouco roubou votos de Lula, poupado durante toda a entrevista. Não perdeu votos com a entrevista. Algo que, para um presidente precário, é um grande feito.
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Josias de Sousa, jornalista - no Uol.
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