São Braz do Piauí fica logo ali, num ponto equidistante entre o nunca e o nada. Os meus "troncos velhos" estão fincados lá. Em São Braz nasceram: avós, pais, tios e dois irmãos. O registro mais vivo da nossa presença no lugar é a igrejinha centenária, acanhada, pobre e lírica que vai resistindo, bravamente, ao poder corrosivo do tempo. O teto teria sido construído por um certo José Malaquias das Chagas, pedreiro, marceneiro, bebedor de cachaça, falastrão e filhento: 21 reconhecidos. Consta que era meu avô. Acredito.
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Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais.
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