Das infinitas análises que surgiram, surgem, e que surgirão, sobre a eliminação da seleção brasileira na Copa América, dos malabarismos retóricos, de especialistas a meros boleros e torcedores, fico com a percepção do jornal argentino “Olé”.
Não identifiquei o jornalista, mas o texto trás uma energia linguística, que por aqui só encontramos em Nelson Rodrigues e mais recentemente em Tostão. Reproduzo: “Sem saber bem o que fazer, Dorival rezou para um garoto de 17 anos (Endrick) substituir sua figura ausente (Vini Jr), misturando em seu copo as fintas inacabadas de Rodrygo com os ‘um contra um’ afiados de Raphinha e o criterioso Paquetá, que paradoxalmente ficou apagado na cidade mais luminosa do planeta. O resultado: uma série de toques pouco disruptivos e contraculturais em uma equipe cujo manual de operações exige sempre ousadia, voracidade e, por fim, certa porção de imprudência…”
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Feliciano Bezerra é professor doutor da UESPI - nas redes sociais.
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