Morreu na manhã deste sábado (9), aos 95 anos, em sua residência na zona Sudeste de Teresina, o escritor, jornalista, etnólogo e teatrólogo piauiense Júlio Romão da Silva.
Ele já se encontrava com a saúde debilitada há vários dias e faleceu no momento que se preparava para procurar um médico.
Júlio Romão da Silva era membro da Academia Piauiense de Letras, onde ocupava a cadeira de número 31. Enquanto escritor, ele teve a honra de trabalhar ao lado de outros nomes da literatura brasileira, como Graciliano Ramos.
Méritos
Ao longo de seus 95 anos de vida, Júlio Romão conquistou vários méritos, dentre eles, os prêmios Filosofia e João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras (ABL), Prêmio Cláudio de Sousa, da Academia Brasileira de Letras, com a peça A invasão e comendas, como o Mérito Cultural Conselheiro Saraiva, no Piauí.
Recentemente a Academia Piauiense de Letras e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) lançaram "Júlio Romão da Silva: entre o formão, a pena e a flecha", publicação que reúne livros e artigos do escritor, organizada pelo professor Élio Ferreira e o teatrólogo Ací Campelo.
Por ser considerado um dos pioneiros nos movimentos pela luta da igualdade racial no Brasil, em 2010, Júlio Romão recebeu da Universidade Federal do Piauí o título de Doutor Honoris Causa.
Bibliografia
A bibliografia de Romão reúne as seguintes obras: Os Escravos, 1947; O Monólogo dos Gestos, 1968; José, o Vidente, 1974 (teatro); Luís Gama e Suas Poesias Satíricas, 1954; Geoonomásticos Cariocas de Procedência Indígena, 1962; Evolução do Estudo das Línguas Indígenas do Brasil, 1965; A Mensagem do Salmos; Denominações Indígenas Indígenas na Toponímia Carioca, 1966, Cultura Humanística em Portugal e Arte de Biografar, 1974; Louvado Seja Castro Alves, 1975; Geolingüística de Fronteira e os Anjos Caídos.
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