Uma riqueza cultural localizada em pleno sertão do Piauí, mas que pertence ao Brasil e ao mundo. É o Museu do Homem Americano, que recebe, atualmente, cerca de 1.800 pessoas por mês, número que ainda pode crescer se comparado aos demais patrimônios da Humanidade.
Segundo a presidente da Fundação Museu do Homem Americano, Fumdham, doutora Niède Guidon, o Museu do Homem Americano representa uma parte do retorno à comunidade do resultado de 40 anos de pesquisas interdisciplinares. “O Patrimônio da Humanidade é realmente o Parque Nacional Serra da Capivara que foi inscrito na lista pela Unesco pela riqueza de seus sítios arqueológicos. Mas quem vem à região para conhecer, visita o parque e o museu”, diz.
Desse total, 80% dos visitantes são estudantes do Nordeste, que pernoitam no máximo uma vez. O resto que permanece mais tempo, corresponde a profissionais liberais, empresários e professores.
Ao visitar o parque, os turistas ficam surpresos pela riqueza dos sítios arqueológicos e suas pinturas rupestres, pelas extraordinárias paisagens e pela organização da visitação. “No Museu ficam surpresos pela museografia e a interatividade”, explica Niède.
No Parque, as visitas são guiadas e na medida do possível também são desenvolvidas atividades de educação patrimonial com as comunidades. Já o Museu é autoexplicativo, mas também dispõe de um espaço didático onde, com prévio agendamento, um técnico explica a tecnologia dos homens pré-históricos.
Raridade
O Museu tem um acervo de valor inestimável. “Para a riqueza de um Patrimônio Mundial e os resultados de tantos anos de pesquisa é impossível calcular um valor”, diz, enfatizando que hoje, o valor necessário para a manutenção do Parque e do Museu é de 4,5 milhões de reais por ano.
A Fundação Museu do Homem Americano faz parte da vida da população, pois a maioria das pessoas percebe como suas vidas têm mudado depois da implantação do Parque e do Museu. No entanto, segundo a arqueóloga, ainda há muitas pessoas indiferentes.
A diretora explica que o Museu recebe turistas de várias cidades do Nordeste. “Os estados que mais emitem passageiros são São Paulo, Minas Gerais e nos últimos meses Brasília. O maior emissor estrangeiro é a Alemanha”, comenta.
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