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Sabado, 23 de novembro de 2024
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11/09/2014 - 15h49

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11/09/2014 - 15h49

Ministério Público pede anulação de concursos da Prefeitura de Teresina

Promotoria da Pessoa com Deficiência pede anulação do concurso para professor da SEMEC.

 Do Liberdade News

MP quer anular concursos da Prefeitura de Teresina

 MP quer anular concursos da Prefeitura de Teresina

O Ministério Público, através da 28ª Promotoria de Justiça de Teresina, ajuizou Ação Civil Pública pleiteando a anulação do Concurso Público para provimento de 200 vagas de professor da Secretaria Municipal de Educação e Cultura-SEMEC. A Promotora Marlúcia Evaristo alega que a prova objetiva, realizada em maio, continha 30 questões de Matemática, das quais 12 eram gráficos e figuras geométricas espaciais que não foram adaptados para as pessoas com deficiência, impossibilitando que pudessem responder tais questões. 

O Ministério Público havia expedido no início deste mês, a Recomendação nº 002/2014, que não foi acatada pelo Secretário Kleber Montezuma, mesmo com o reconhecimento do erro pelo NUCEPE-PI. O concurso já foi homologado pelo Prefeito Municipal, com a reprovação de quase 100% dos candidatos com deficiência visual, em face da não adaptação das provas. 

A Promotoria de Justiça argumenta que houve descumprimento dos princípios da Legalidade, Moralidade, Razoabilidade, Dignidade da Pessoa Humana e da Isonomia. Segundo a Promotora Marlúcia Evaristo, “era humanamente impossível que os candidatos com deficiência visual respondessem as questões contendo gráficos sem que tais gráficos fossem apresentados no papel de forma concreta e não de forma abstrata, em que a resposta dependia, exclusivamente, do sentido da visão”. 

A Promotoria entende, ainda, que a negativa do Secretário Kleber Montezuma configura o delito de "obstar o acesso de pessoa com deficiência a cargo público", capitulado no art. 8º, inciso II, da Lei 7.853/89, cuja pena é de dois a quatro anos de reclusão, razão pela qual determinou-se o envio de cópias do procedimento administrativo e da ação civil pública ao Núcleo das Promotorias criminais de Teresina-PI para o ingresso com a ação penal respectiva. 

As cópias foram encaminhadas também ao Núcleo das Promotorias de Justiça da Fazenda Pública, pois o ato praticado pelo secretário constituiria Improbidade Administrativa.

Do Liberdade News

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