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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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01/06/2015 - 06h08

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01/06/2015 - 06h08

Theatro 4 de Setembro estreia o Terças da Casa

Na primeira Terça Música estão confirmados Zaqueu do Acordeon, Gonzaga Lú e Lázaro do Piauí.

 Acesse Piauí

Elenco de Casimira Quietinha

 Elenco de Casimira Quietinha

Estreia, nesta terça feira, 3, mais um Projeto de parceria entre o Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro e artistas da cidade, o Terças da Casa que reitera a interação artística e a integração cultural. 


O projeto visa atrair mais atenção ao produto artístico local e ao artista que está sempre buscando maior espaço para divulgação e referenciar ao mercado um produto de qualidade e de histórico representativo de sua arte em Teresina e no estado.


O Projeto Terças da Casa acontece sempre às 19 horas, das terças, a cada mês, e com bilheterias de preços populares, R$ 20,00/10,00, e isenção, de 100% das taxas administrativas do Theatro, investida ao benefício dos artistas. A produção e divulgação das atrações ficam divididas entre a Casa e o artista da vez. 


As terças começam com teatro, o Terça Teatro; em seguida é a vez da Terça Música que desenvolve uma relação com o som "três em um". Para a atração musical serão reunidas três gerações de músicos, cantores, compositores na mesma noite. Na primeira Terça Música estão confirmados Zaqueu do Acordeon, Gonzaga Lú e Lázaro do Piauí.


O show, ou shows da Terça Música, abrigará o talento de um artista com trabalho confirmado na praça, outro em início de carreira e um de carreira já configurada em tradição e referência artística às outras duas gerações representadas. 


A terceira terça feira é da Terça Dança e deve abrir margem as artes cênicas de linguagem do movimento do corpo aberto ao escopo de variantes da dança produzida na cidade.

Para abrir as Terças da Casa, na estreia do Projeto, neste início de junho, a pedida é o espetáculo "Casimira Quietinha", com montagem do Grupo Mosay de Teatro, que, excepcionalmente, será no horário das 20 horas. Mas será contumaz que o evento se dê sempre, às 19 horas, para horário mais cedo ao deslocamento de chegada e saída do público.


Com direção de Avelar Amorim e montagem do Mosay de Teatro, o espetáculo se instala a texto de Waldilio Siso, premiado no Concurso “Novos Autores” (PMT/FMC), como o Melhor Texto de teatro.

O enredo dramático cômico da peça revela-se em uma Casimira, adolescente de 12 anos, que habita algum lugar fora da nossa contemporaneidade, nos cafundós nordestinos de um tempo quase surreal. A donzela é cortejada, insistentemente, por Benjamim, um rapaz de 19 anos que a encontra por consequência do destino em sua pacata vida cotidiana do interior. 

 




Depois de muita insistência, a menina parece ceder os galanteios do “caboquinho” apaixonado. O romance poderia seguir, naturalmente, se não fosse o controle das rédeas mantido pelo rude e grosseiro Zé Mourão, pai de Casimira. Este descobre o que seria o início do romance, num ato do encontros às escondidas, do casal, que ocorrem debaixo de pés de pequis. 


A partir daí persiste o impasse em tom e tempo de muita comédia, na tentativa do desenrolar da farsa. Casimira usa máscara de quietinha perante o temido pai, mas deixa transparecer corpo, voz e intenção do cinismo à perversidade, quando expõe garras da persona impura camuflada e personificada. Mas é com apoio de uma figura kit e caricata, de um delegado, que a farsa se desembaraça embaixo de muito jogo de corpo, pedaladas de bicicleta e formas animadas de plástico-bolhas.  A farsa em prosa e versos rimados suspira a estrutura de pura carpintaria dramatúrgica da comédia e do repente, trazendo o imaginário de figuras de uma composição de xilogravura. 


Cada elemento cênico, revela o diretor da montagem Avelar Amorim, foi cuidadosamente escolhido na busca de uma unidade plástica da farsa teatral. A cenografia é assinada por Avelar Amorim; a Trilha Sonora foi composta, exclusivamente, para o espetáculo pelo músico Avelange Amorim. O Figurino é uma parceria entre Avelar e Edithe Rosa e a Pesquisa de Maquilagem e Execução é de Silmara Silva. A Iluminação de Pablo Erickson.


Para o autor, Waldílio Siso, é um grande privilégio de aceitação e montagens de teatro amador. Ele computa, em seu histórico de autor visitado, sete montagens anteriores a de Avelar Amorim. Satisfeito, orgulhoso, o dramaturgo aponta estar muito feliz. E alimenta uma ótima expectativa para essa mais nova versão a sua Quietinha.

 

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