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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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11/09/2015 - 13h49

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11/09/2015 - 13h49

Festival une diferentes gerações de rabequeiros em Bom Jesus

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A rabeca é um instrumento de cordas friccionadas, semelhante ao violino, tocada a mais de 300 anos na cidade de Bom Jesus. Até sábado (12), a cidade é a capital da rabeca, unindo mestres rabequeiros que aprenderam a tocar sozinhos, e a nova geração, que também produz o instrumento. A abertura oficial do 8º Festival de Rabecas de Bom Jesus aconteceu na noite desta quinta-feira (10), no palco Mestre Joaquim Carlota, com apresentação da Orquestra de Rabecas, mestres rabequeiros e o Trio Gavião, da cidade de Goiânia, Goiás. 

 

A Orquestra de Rabecas de Bom Jesus abriu as apresentações ao lado dos mestres rabequeiros Valdeci Araújo, Mestre Erondino, Pedro da rabeca, Mundico Silva e Joaquim Carlota, acompanhados de Jeferson Leite e o Trio Gavião. 

 

“Qualquer interior do Brasil tem uma rabeca escondida e são poucas as iniciativas como essa, de fazer um festival, isso é o máximo. A rabeca é mais antiga que o violino e podemos dizer que o violino é uma rebeca aristocrática”, explica o músico Jeferson Leite, que também faz pesquisa sobre o instrumento. 

 

O mestre que dá nome à orquestra de novos rabequeiros, ao palco principal do evento e que inspirou a realização do Festival de Rabecas, Mestre Joaquim Carlota, tem 76 anos e desde os 12 toca o instrumento que aprendeu sozinho.

 

“Eu aprendi a tocar rabeca só vendo os outros tocando, quando eles largavam aí eu pegava e começava a tocar. A rabeca é muito importante na minha vida e graças a Deus tenho a felicidade de ser homenageado aqui”, afirma Mestre Joaquim Carlota. 

 

O Festival de Rabecas, além de fazer um intercâmbio cultural, unindo rabequeiros de diferentes regiões do Brasil, ainda é uma oportunidade de mostrar o resultado de oficinas realizadas na cidade, como a oficina de dança e a de confecção do instrumento. Mestre Valdeci Araújo, além de tocar, ministra oficinas de confecção da rabeca. Foi ele, inclusive, quem fez os 20 instrumentos que estão sendo utilizados pela orquestra de Bom Jesus. 

 

“Até sábado Bom Jesus é a capital da rabeca e essa 8ª edição consolida uma marca que não é só de Bom Jesus. Aqui temos rabequeiros de todo o Brasil e também estamos trazendo atrações internacionais. Vamos aproveitar o festival. Vida longa à rabeca”, afirma o secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, idealizador do evento. 

 

Na noite de ontem (10) ainda passaram pelo palco principal Vagner Ribeiro e o grupo Valor de PI, o Duo Recanto, de Portugal, Lene Alves e o Forró de todos os tempos, a Banda Encatus e Dally Samba. A programação de hoje segue com apresentação da Orquestra de Rabecas e mestres rabequeiros, Puxadores de Incelença da comunidade quilombola Custaneira, de Paquetá do Piauí, Lilia Diniz, As Fulô do Sertão, Mara Pavanelly e Voo Livre.

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