Agora no dia 10 de novembro (sábado), Alberto Tavares Silva completaria 100 anos de idade. Uma grande trajetória Alberto viveu.
Desde 1948, quando se elegeu prefeito de Parnaíba, até 2006 como Deputado Federal, Alberto Silva foi o maior político do Piauí, ao lado de Petrônio Portella.
Falar de Alberto Silva é simples – basta enumerar suas obras mais importantes. Vamos lá?
O Zoobotânico e a Rodoviária em Teresina; o dique contra as cheias no Poty e no Parnaíba; a instalação da Ufpi, a Potycabana e o Metrô, ainda em Teresina; e mais: água pela primeira vez em 22 municípios; a rodovia Transpiauí, com 400 km asfaltados; Alberto ligou o extremo norte do Estado (Luís Correia) ao extremo sul (Cristalândia); criou a Piemtur quando as pessoas achavam fazer turismo no Piauí uma piada; ampliou a rede de energia para todo o Estado; ergueu o Monumento do Jenipapo; fez dezenas de pistas de avião asfaltadas; e para mim a sua melhor obra: reformou o Theatro 04 de Setembro, em Teresina, que vivia abandonado e transformado num cine-poeira durante muitos e muitos anos. Não adianta estrebuchar: ninguém fez mais do que Alberto!
O que mais me toca neste político singular foi a sua militância a favor da cultura do Piauí. Ele mesmo era um homem culto e exímio pianista. Em seu primeiro governo, tivemos uma verdadeira explosão cultural – e o Piauí passou a existir para o resto do Brasil. Antes disso, éramos piada nacional do tipo “visite o Piauí antes que ele acabe”.
Trouxe uma equipe do Rio para fazer um longa metragem aqui (embora o filme tenha sido uma porcaria, o que não é culpa dele). A sua política editorial foi abundante, com a publicação de dezenas de livros e revistas fundamentais para a nossa história.
Com o Theatro 04 de Setembro, tivemos um verdadeiro “boom’ de realizações culturais de fora e daqui. Para a inaguração do teatro reformado, Alberto trouxe Gilberto Gil pela primeira vez a Teresina, onde fez um show solo com seu violão.
Com a vinda de Murilo Ekhardt, os talentos teatrais começaram a pipocar, como Lari Sales, Tarciso Prado, Ary Sherlock, Fábio Costa, José Afonso Lima, Eleonora Paiva, Aci e Assaí Campelo e muitos outros.
Na música, surgiram Aurélio Melo, Paulo Aquino, Geraldo Brito, Ana Miranda, Naeno, Edvaldo Nascimento, Laurenice França, esse que vos escreve, Rubeni Miranda e o embrião da Orquestra Sinfônica, com a vinda do argentino Emilio Terraza, e Reginaldo Carvalho (que era presidente do Instituto Villa-Lobos no Rio e foi perseguido pela mesma ditadura que nomeou Alberto). Peço desculpas, pois estou esquecendo muita gente.
Mas de uma coisa não esqueço: Alberto foi o maior Governador que o Piauí já teve, sem sombra de dúvida. E na cultura ninguém fez mais que ele!
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Durvalino Couto é publicitário, nas redes sociais.
Desde 1948, quando se elegeu prefeito de Parnaíba, até 2006 como Deputado Federal, Alberto Silva foi o maior político do Piauí, ao lado de Petrônio Portella.
Falar de Alberto Silva é simples – basta enumerar suas obras mais importantes. Vamos lá?
O Zoobotânico e a Rodoviária em Teresina; o dique contra as cheias no Poty e no Parnaíba; a instalação da Ufpi, a Potycabana e o Metrô, ainda em Teresina; e mais: água pela primeira vez em 22 municípios; a rodovia Transpiauí, com 400 km asfaltados; Alberto ligou o extremo norte do Estado (Luís Correia) ao extremo sul (Cristalândia); criou a Piemtur quando as pessoas achavam fazer turismo no Piauí uma piada; ampliou a rede de energia para todo o Estado; ergueu o Monumento do Jenipapo; fez dezenas de pistas de avião asfaltadas; e para mim a sua melhor obra: reformou o Theatro 04 de Setembro, em Teresina, que vivia abandonado e transformado num cine-poeira durante muitos e muitos anos. Não adianta estrebuchar: ninguém fez mais do que Alberto!
O que mais me toca neste político singular foi a sua militância a favor da cultura do Piauí. Ele mesmo era um homem culto e exímio pianista. Em seu primeiro governo, tivemos uma verdadeira explosão cultural – e o Piauí passou a existir para o resto do Brasil. Antes disso, éramos piada nacional do tipo “visite o Piauí antes que ele acabe”.
Trouxe uma equipe do Rio para fazer um longa metragem aqui (embora o filme tenha sido uma porcaria, o que não é culpa dele). A sua política editorial foi abundante, com a publicação de dezenas de livros e revistas fundamentais para a nossa história.
Com o Theatro 04 de Setembro, tivemos um verdadeiro “boom’ de realizações culturais de fora e daqui. Para a inaguração do teatro reformado, Alberto trouxe Gilberto Gil pela primeira vez a Teresina, onde fez um show solo com seu violão.
Com a vinda de Murilo Ekhardt, os talentos teatrais começaram a pipocar, como Lari Sales, Tarciso Prado, Ary Sherlock, Fábio Costa, José Afonso Lima, Eleonora Paiva, Aci e Assaí Campelo e muitos outros.
Na música, surgiram Aurélio Melo, Paulo Aquino, Geraldo Brito, Ana Miranda, Naeno, Edvaldo Nascimento, Laurenice França, esse que vos escreve, Rubeni Miranda e o embrião da Orquestra Sinfônica, com a vinda do argentino Emilio Terraza, e Reginaldo Carvalho (que era presidente do Instituto Villa-Lobos no Rio e foi perseguido pela mesma ditadura que nomeou Alberto). Peço desculpas, pois estou esquecendo muita gente.
Mas de uma coisa não esqueço: Alberto foi o maior Governador que o Piauí já teve, sem sombra de dúvida. E na cultura ninguém fez mais que ele!
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