A perseguição às universidades federais era algo esperado desde as eleições de 2018. Durante a campanha eleitoral, se falava em privatizá-las, pois seriam centros de esquerda. O discurso fundamentalista de extrema-direita anunciava, portanto, uma guerra às universidades federais.
É o que se confirma, com a decisão de cortar 30% das receitas de todas as universidades e institutos federais. A medida tem o claro objetivo de asfixiar, economicamente, essas instituições. Não se trata apenas de uma ofensiva contra reitores e professores, mas contra o conhecimento.
Esse é o governo Bolsonaro, que, sob o pretexto de promover uma cruzada ideológica, quer destruir ou debilitar a ciência e educação. Talvez porque o conhecimento seja algo que torna os cidadãos e cidadãs menos manipuláveis pelo poder. Por isso, o pretexto de combater o tal marxismo cultural nas instituições federais de ensino superior.
O absurdo ocorre sob a figura do ministro da Educação, Abraham Weintraub, um olavista, ou seja seguidor e indicado pelo astrólogo e suposto filósofo Olavo de Carvalho, guru do atual governo. Ideólogo do presidente e seus filhos, Olavo de Carvalho tem sido determinante nos rumos de governo, em várias áreas.
E sob sua inspiração e orientação, as universidades e institutos federais estão sendo implacavelmente atingidos. Economista, que não entende nada de educação, o ministro segue sua cruzada contra o ensino superior. Primeiro, determinou o corte de 30% dos recursos da Universidade de Brasília (Unb), rotulada, oficialmente, como antro de subversão.
As federais da Bahia e Fluminense, vistas como núcleos do marxismo, também foram alvejadas. Mas, o Governo Federal terminou recuando, já que sua perseguição é inconstitucional, e um governo de atos inconstitucionais comete crimes de responsabilidade, cuja pena é o impeachment do presidente da República.
A liberdade de ensino e a autonomia universitária são princípios e direitos consagrados na Constituição Federal. Sem assumir a guerra ideológica que está promovendo, o ministério alegou queda na arrecadação do governo, e terminou generalizando o corte orçamentário, estendo-o a todos os institutos e universidades federais.
Mas o convencimento geral é o de que se trata de uma gestão para manipular ou destruir o ensino superior, um retrocesso político-administrativo de intensidade provavelmente sem precedentes na história do Brasil, com a intenção de eliminar todo o legado deixado pelos governos do PT, pelo simples fato de ter sido do PT.
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Sérgio Fontenele é jornalista, nas redes sociais.
É o que se confirma, com a decisão de cortar 30% das receitas de todas as universidades e institutos federais. A medida tem o claro objetivo de asfixiar, economicamente, essas instituições. Não se trata apenas de uma ofensiva contra reitores e professores, mas contra o conhecimento.
Esse é o governo Bolsonaro, que, sob o pretexto de promover uma cruzada ideológica, quer destruir ou debilitar a ciência e educação. Talvez porque o conhecimento seja algo que torna os cidadãos e cidadãs menos manipuláveis pelo poder. Por isso, o pretexto de combater o tal marxismo cultural nas instituições federais de ensino superior.
O absurdo ocorre sob a figura do ministro da Educação, Abraham Weintraub, um olavista, ou seja seguidor e indicado pelo astrólogo e suposto filósofo Olavo de Carvalho, guru do atual governo. Ideólogo do presidente e seus filhos, Olavo de Carvalho tem sido determinante nos rumos de governo, em várias áreas.
E sob sua inspiração e orientação, as universidades e institutos federais estão sendo implacavelmente atingidos. Economista, que não entende nada de educação, o ministro segue sua cruzada contra o ensino superior. Primeiro, determinou o corte de 30% dos recursos da Universidade de Brasília (Unb), rotulada, oficialmente, como antro de subversão.
As federais da Bahia e Fluminense, vistas como núcleos do marxismo, também foram alvejadas. Mas, o Governo Federal terminou recuando, já que sua perseguição é inconstitucional, e um governo de atos inconstitucionais comete crimes de responsabilidade, cuja pena é o impeachment do presidente da República.
A liberdade de ensino e a autonomia universitária são princípios e direitos consagrados na Constituição Federal. Sem assumir a guerra ideológica que está promovendo, o ministério alegou queda na arrecadação do governo, e terminou generalizando o corte orçamentário, estendo-o a todos os institutos e universidades federais.
Mas o convencimento geral é o de que se trata de uma gestão para manipular ou destruir o ensino superior, um retrocesso político-administrativo de intensidade provavelmente sem precedentes na história do Brasil, com a intenção de eliminar todo o legado deixado pelos governos do PT, pelo simples fato de ter sido do PT.
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Sérgio Fontenele é jornalista, nas redes sociais.
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