Em crônica memorável, Drummond afirmou: “Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos”. Eu, que nem sou escritor, arrisco-me a dizer que a atividade de quem escreve assemelha-se ao ato do náufrago que, de ilha deserta, atira garrafas ao mar com mensagens desesperadas na expectativa de que, pelo menos uma delas, chegue às mãos de algum leitor. Uma que seja!
Ao longo da vida, eu também atirei garrafas ao mar e, para minha surpresa, algumas chegaram a mãos acolhedoras em Oeiras, Santo Inácio do Piauí, São João da Varjota e, agora, Domingos Mourão.
Alegra-me, principalmente, saber que as mensagens estão sendo lidas por crianças e adolescentes. “Gracias a la vida me ha dado tanto”!
Assim seja.
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Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais.
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