Coisas inesquecíveis e inexplicáveis. Até hoje não sei se comprei ou alguém me deu o exemplar de Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez, lançado em 1969 que li no mesmo ano. Lembro que à época tinha voltado de uma viagem muito acidentada ao Maranhão. Tempos duros. Ditadura vigente. Perseguição. Idas ao DOPS.
O livro era uma revelação e o mais importante que li na época porque sou leitor dos ingleses e da literatura portuguesa. Mais que a brasileira com Machado de Assis e os autores dos romances de chorar como Inocência e o majestoso maranhense Aluísio de Azevedo. Falo nisso porque fiquei sabendo que Cem anos...agora virou série e já decidi não ver.
O clima desse livro não pode ser transferido para cenas gravadas em acetato ou vídeo. O leitor é que imagina o clima assombroso de Macondo, a vasta sabedoria dos ciganos, a coragem dos desbravadores GGM sabia tudo da América Latina. Cem anos... é bom demais. Depois O amor nos tempos do cólera. É o melhor das Americas.
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Chyco Viana, jornalista - nas redes sociais.
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