A eleição do ex-prefeito Silvio Mendes (União Brasil) no 1º turno em Teresina resulta de vários fatores, vejamos:
PSDB ficou mais 30 anos a frente da Prefeitura de Teresina. Perdeu a eleição em 2020. Dr. Pessoa, o vencedor naquele pleito, não fez por onde, é hoje avaliado por mais 80% da população como ruim e péssimo, é tanto que sua votação agora para reeleição atingiu minguados 2,21% do total dos votos válidos.
A maioria dos eleitores decidiu então voltar ao passado, ou seja, ao que era mais seguro, afinal naquele tempo haviam medicamentos nas UBS, a cidade era mais limpa, as escolas municipais mais bem avaliadas e os tucanos se comunicavam melhor com os teresinenses.
Fábio Novo (PT) teve habilidade para compor uma chapa competitiva, reunindo vários partidos e o apoio do governador Rafael Fonteles. Sílvio, no começo não teve essa mesma habilidade devido as confusões no ninho tucano, contudo na reta final, soube somar com a máquina municipal e o apoio do Dr. Pessoa. No último debate na Tv Clube já era visível a aliança informal, de bastidores entre os dois.
A maioria dos institutos de pesquisas não previu que na reta final a maioria dos votos do Dr. Pessoa migraria para Sílvio Mendes. Essa dobradinha funcionou a todo vapor na última semana da eleição, do mesmo jeito que beneficiou a maioria dos vereadores que se lambuzaram da gestão do atual prefeito e se elegeram.
Com o início do esgotamento da extrema direita, a direita e o centro político estão se recompondo mais rapidamente, do que a esquerda e a centro esquerda. Atravessamos uma conjuntura que, quem não tiver habilidade de compor frentes partidárias mais amplas, tem mais dificuldades de obter sucesso eleitoral.
Outro fator é que com esvaziamento das fakes News e da competência administrativa da extrema direita e da extrema esquerda, os eleitores preferem votar mais na reeleição dos atuais prefeitos, elegem quem já governou melhor no passado e se arriscam menos na renovação.
O desafio para a esquerda e centro esquerda, bem como para a direita e centro direita será fazer uma gestão com resultados práticos, falar menos, fazer mais, de forma inovadora. Sem tornar a máquina pública inchada e administrada por auxiliares de peso mais político do que técnico.
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